meujael gonzaga
Sou Meujaela Gonzaga, performer, operadora de drone, fotografa, figurinista, cineasta e discente do curso BI em Artes na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia). Estou a 4 anos estudando os biomas brasileiros, já passei pelo cerrado, mata atlantica, caatinga e floresta amazônica, crio imersões em dança nas paisagens naturais e urbanas desses locais.

Acho que tanto nas fotografias quanto na performance meu corpo se encontra em estado de queda, uma queda constante no cosmos, onde me encontro completamente entregue e relaxada? Pronta para deixar entrar todas as forças da natureza.
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Em meus trabalhos pesquiso o abismo entre humanidade e natureza criado durante o processo de colonização e na construção das sociedades, acho que a identidade do meu trabalho é construída a partir da queda nesse abismo e da quebra do binarismo de gênero, já que meu corpo não binario por si só rompe com os estigmas de gênero criados pela hegemônia. As minhas imagens geralmente são construídas em paisagens naturais, e com o drone tenho a possibilidade de me autofotografar e de ter a visão de um passaro das performances e imagens que pesquiso. Sou recifense e atualmente vivo em caete açu na chapada diamantina, interior da bahia. Devido a pandemia meus deslocamentos estão suspensos e estou em processo de enraizamento nesse território. A foto n-1 “Caverna e útero” se trata do registro de uma dança liquida com um rabo feito em latex confeccionado por mim, esse rabo se encontra no umbigo, como um cordão umbilical, ja que para mim o liquid dance é um momento de retorno ao útero da terra, acessar memorias ancestrais para reconstruir o mundo como nos foi dado por eles, resgatando as memorias das mulheres ribeirinhas de minha família. Na foto n-2 Autoretrato da Bicha Bomba busco carregar a força das mulheres de minha família no Rio dos meus olhos, sou essas mulheres, estou aqui vivendo tudo que elas não puderam viver, um rio que segue um fluxo infinito em minha existência. A foto n 3 “Meu Coração do Mundo” mostra o lugar onde vivo agora, que me acolheu durante a pandemia, onde estou em processo de enraizamento. O coração do mundo é o lugar onde se encontra sua felicidade, onde você sente a plenitude adentrar por todas as veias.
