
Meu nome é Dan Agostini, sou fotógrafe documentarista, formade em fotografia com especialização em arte contemporânea.
Escolhi a fotografia documental para minha vida quando entendi que ela poderia me levar para diferentes contextos, que poderia ser uma ponte entre eu e o outro, que serviria como meio para ouvir e documentar histórias e também porque poderia ser uma ferramenta de reflexão direcionada à assuntos que eu acredito serem urgentes em relação à necessidade de conscientização e diálogo.
Aos 15 anos me entendi enquanto mulher lésbica, aos 30 e poucos como indivíduo não binárie, ainda sim lésbica e militante, por isso documentar assuntos relacionados às questões de gênero vem sendo o ponto central do meu trabalho e da minha vida, atualmente meus projetos acontecem no Brasil e em algumas regiões do Oriente
Médio e do Sul da Ásia.


Enviei para vocês 4 fotografias, uma é um conjunto de 15 retratos finalizados como um políptico que apresentam algumas das mulheres que venho documentando em São Paulo, em um projeto chamado Palomas.
Tem um outro retrato individual, que também é parte do mesmo projeto, esse eu enviei caso vocês tenham a preferência de trabalhar com uma imagem única, nesse caso descartaríamos o conjunto de retratos mencionado anteriormente.
O auto retrato foi feito nos primeiros meses da pandemia, momento em que o isolamento e as incertezas eram muito fortes e a necessidade de compreender a situação e o novo cotidiano provocava algumas instabilidades.
A foto sobre contexto pessoal é da minha namorada com nosso cachorro também nos primeiros meses de pandemia, ela fala um pouco sobre esse novo cotidiano e sobre a possibilidade de viver essas relações familiares de uma forma mais intensa e próxima sem deixar de representar a simplicidade do ócio carregado pelo tempo que ficamos juntes em casa.
dan agostini
Porto Alegre, RS
