brenda pontes
Curitiba, PR
Me chamo Brenda, sou curitibana e tenho 26 anos.
Fotografar pra mim é uma ação que me acompanha desde a minha infância, sempre tive curiosidade de materializar a forma que vejo o mundo e com isso acumulo diversas visões, diversas fases do meu olhar, vou me percebendo. Atualmente percebo que minha fotografia pesquisa pessoas, espaços e a linha que conecta esses dois polos. Os cheios, os vazios, as cores desses ingredientes da existência.



O auge e a primeira grande firmação comigo na fotografia foi quando tive a oportunidade de em outro país e junto disso, mais autonomia de movimento: se colocar sobre outras terras e sob outros céus mexe com tantos filtros e naturalmente a fotografia estava ali comigo explorando toda essa minha nova percepção. Foi a partir dessa imersão visual, a partir de tanto observar os outros e ter muito material acumulado, comecei a rever meus caminhos fotográficos de um ano. Percebi alguns padrões visuais nas fotos, percebi assuntos parecidos que me interessavam em lugares diferentes e aí fui entendendo qual era a minha fotografia, qual era meu mundo. Gosto de chamar isso de arqueologia de fotos, essa busca por novidades em fotos passadas. Minha primeira imersão nessa busca, em 2017, resultou em dois conjuntos que chamei de “fotografias do silêncio” e “fotografias da presença”. Essa última, a presença, fala muito sobre minha pesquisa fotográfica que é a relação indivíduo x espaço x observadora:
pre.sen.ça (s.f.):
“Existência de alguma coisa em
um lugar determinado”
Ao observar, quem existe:
observador ou observado?
Acredito que viver com a fotografia não é necessariamente só estar produzindo ela, olhando pra frente. É também revisitar, revisar e estar atenta a novas traduções do que um dia congelamos.
